Universidade Federal de Sergipe recebe repasse, mas mantém cenário financeiro delicado

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) anunciou que recebeu, na terça-feira (3), o repasse financeiro destinado ao funcionamento das atividades do primeiro semestre de 2025, realizado pelo Ministério da Educação (MEC). Apesar da liberação dos recursos, a instituição ainda enfrenta restrições orçamentárias devido a um corte de aproximadamente 5% em relação ao valor inicialmente previsto no orçamento anual.

Diante desse cenário, a UFS tem priorizado a manutenção dos serviços essenciais, como o pagamento de bolsas e auxílios estudantis, fundamentais para a continuidade dos alunos, além dos contratos com empresas terceirizadas e o custeio da energia elétrica, item indispensável para o funcionamento da universidade.

De acordo com o pró-reitor de Administração, Erickson Alcântara, a atual gestão assumiu em março com um déficit superior a R$ 20 milhões e com contas atrasadas desde o final do ano passado. A equipe da Pró-Reitoria de Administração (Proad) trabalha para registrar até sexta-feira (6) todas as faturas pendentes até fevereiro no sistema financeiro nacional, visando a regularização dos pagamentos nas próximas semanas, conforme os recursos forem liberados pelo governo federal.

Embora o governo tenha anunciado uma recomposição orçamentária para as universidades, os valores complementares ainda não foram repassados à UFS. “Mantemos diálogo constante com o MEC e atuamos junto à associação nacional dos reitores, mas ainda não há previsão oficial para a liberação desses recursos”, destacou Erickson.

No final de maio, o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos da UFS (Sintufs) denunciou a situação crítica da universidade, apontando atrasos nos pagamentos a terceirizados, dívidas com fornecedores e até risco de corte no fornecimento de energia elétrica pela concessionária devido à inadimplência.




Com informações da UFS