Primeira audiência do caso José Lael é realizada nesta sexta em Aracaju

A Justiça de Sergipe iniciou nesta sexta-feira (22) a primeira audiência de instrução do caso que investiga o assassinato do advogado José Lael de Souza Rodrigues Junior, de 42 anos, morto a tiros em outubro de 2024. A sessão ocorre na 5ª Vara Criminal do Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju, sob a presidência da juíza Lívia Ribeiro.

José Lael foi executado no dia 18 de outubro do ano passado, na Avenida Jorge Amado, no Bairro Jardins, zona sul da capital sergipana. Ele estava dentro de um carro com o filho quando foi surpreendido por dois homens armados que desceram de uma motocicleta e dispararam contra o veículo. Ambos foram atingidos. O filho conseguiu conduzir o carro até um hospital particular, mas o advogado já chegou sem vida. O jovem sobreviveu e passa bem.

As investigações da Polícia Civil apontam que o crime teria sido premeditado e envolveu a participação de pessoas próximas à vítima. Entre os sete suspeitos presos está a viúva do advogado, a médica Daniele Barreto, que atualmente cumpre prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.

Imagens de câmeras de segurança foram decisivas para a investigação. Cerca de 1h30 antes do crime, a amiga e a secretária da médica aparecem conversando com dois homens dentro de um carro. Pouco depois, são deixadas no condomínio onde uma delas mora. A polícia acredita que os executores sejam os mesmos que participaram diretamente da emboscada.

Ainda segundo os investigadores, a médica teria solicitado ao marido que saísse de casa para comprar açaí junto com o filho, e em seguida repassado a localização dele aos criminosos. O carro do advogado passou a ser seguido por uma motocicleta e um veículo alugado, supostamente pela amiga da médica. José Lael foi atingido por três disparos, e o filho por um.

A polícia também identificou movimentações suspeitas nos dias que antecederam o crime. A amiga da médica e a secretária teriam ido diversas vezes ao Bairro Santa Maria, onde residiria um dos suspeitos de executar o assassinato. Um morador da região e um cúmplice, que segue foragido, são apontados como os autores dos disparos.

O caso continua sob análise da Justiça, e novas audiências devem ocorrer nas próximas semanas. A expectativa é que a investigação avance para a fase de julgamento ainda este ano.

Por Redação