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Reconstrução mamária com músculo e gordura da paciente é realizada pela 1ª vez em Sergipe

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Reconstrução mamária com músculo e gordura da paciente é realizada pela 1ª vez em Sergipe

Uma técnica inovadora de reconstrução mamária foi realizada pela primeira vez em Sergipe, marcando um avanço significativo na cirurgia oncológica no estado. O procedimento, feito no Hospital de Cirurgia (HC) — referência no tratamento de câncer pelo SUS —, ocorreu na última sexta-feira (12) e utilizou músculo e gordura do próprio corpo da paciente, sem necessidade de prótese de silicone.

A cirurgia fez parte da programação do 3º Simpósio Sergipano de Câncer de Mama e foi realizada pela equipe de mastologistas formada pelo Dr. Thiers Déda Gonçalves, Dra. Aline Valadão e a convidada Dra. Lígia Teixeira, que veio de Maceió especialmente para aplicar a técnica pioneira no estado.

Técnica com retalho e enxerto de gordura

O procedimento realizado foi o "Mini Flap de Músculo Grande Dorsal Lipoenxertado", que consiste na reconstrução das mamas utilizando um retalho do músculo das costas e enxerto de gordura retirada de outra parte do corpo da própria paciente. A abordagem proporciona reconstrução completa, com menor risco de complicações e recuperação mais rápida. 

“Estamos fazendo um procedimento inédito em Sergipe, que é a reconstrução mamária tardia com uso de retalhos e enxertos de gordura da própria paciente. Essa é uma técnica pioneira e estamos fazendo pela primeira vez aqui no Cirurgia”, destacou o Dr. Thiers Déda, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Seccional Sergipe (SBM-SE).

Ele também ressaltou a importância do feito para a instituição: “É muito bom para o Cirurgia consolidar essa liderança que o hospital vem conquistando ao longo do tempo. Todos nós somos testemunhas dessa transformação e ficamos orgulhosos”, disse.

Tecnologia a favor da precisão

Para garantir maior segurança durante a operação, a equipe utilizou o sistema portátil SPY-PHI, que permite visualizar em tempo real o fluxo sanguíneo nos tecidos operados. A tecnologia aumenta a precisão da cirurgia e reduz os riscos de complicações, além de contribuir para melhores resultados estéticos.

A operação também teve caráter educacional, funcionando como um workshop prático para os médicos participantes do simpósio. “Foi a nossa primeira de muitas cirurgias demonstrativas no Cirurgia, para aprendermos todos juntos novas técnicas. É excelente para a equipe médica e, no final, sempre se reverte em benefício ao paciente”, avaliou Dr. Thiers.

Cirurgia com impacto humano

A mastologista Dra. Lígia Teixeira, responsável direta pelo procedimento, explicou a técnica: “Vim de Maceió, a convite da doutora Aline e Thiers, para realizar a cirurgia de reconstrução mamária bilateral tardia, em uma paciente que fez o tratamento do câncer de mama há 13 anos, utilizando a técnica de retalho com enxerto de gordura, que é uma prótese natural, sem silicone, como era o desejo dessa paciente”.

Ela também ressaltou o impacto emocional da cirurgia para as pacientes: “Esse tipo de cirurgia é fundamental para o resgate da autoestima. Estudos mostram que mulheres submetidas à reconstrução mamária têm menos chance de desenvolver depressão e conquistam uma melhor qualidade de vida, o que influencia inclusive nas chances de cura”.

Recomeço para a paciente

A presidente da SBM-SE, Dra. Aline Valadão, também comentou a história da paciente beneficiada pela cirurgia: “Esse procedimento foi feito numa paciente jovem que teve uma reconstrução inicial frustrada. Por conta do histórico familiar, ela fez mastectomia bilateral, mas perdeu os implantes e ficou muitos anos sem próteses, o que impactou muito emocionalmente, chegando a desenvolver depressão”.

Segundo a médica, a paciente passou por um processo de estabilização emocional até chegar ao momento da nova reconstrução: “Há dois anos, quando ela se estabilizou emocionalmente, começou a se sentir motivada. Então, resolvemos proporcionar esse momento cirúrgico dentro do simpósio, trazendo uma grande especialista. Estamos todos muito felizes e gratos por essa oportunidade. Foi um momento especial”.

A própria paciente, Maria Quitéria da Silva Santos, relatou sua emoção com o procedimento: “Estou me sentindo muito bem, confiante e feliz. Eu espero recuperar minha autoestima. O acolhimento do hospital foi muito bom, excelente. Fiz meu tratamento, quimioterapia e radioterapia aqui no Cirurgia”.

Referência em oncologia

Com esse procedimento inédito, o Hospital de Cirurgia — que é Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) — reforça seu papel como referência regional no atendimento a pacientes oncológicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa alia inovação, ensino e cuidado humanizado, oferecendo alternativas seguras e eficazes para a reconstrução mamária.





Fonte: Ascom Hospital Cirurgia


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