Três pessoas são indiciadas por crimes de transfobia contra a deputada Linda Brasil

A Polícia Civil de Sergipe, por meio do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) e da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), identificou e indiciou três pessoas suspeitas de cometer crimes de transfobia e ameaça contra a deputada estadual Linda Brasil (PSOL). Os indiciamentos foram divulgados nesta terça-feira (4).
De acordo com o delegado Érico Xavier, as investigações começaram logo após a denúncia feita pela parlamentar. “Em pouco tempo conseguimos identificar os autores e reunir provas suficientes para enviar o caso ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Três pessoas foram indiciadas e o MP já apresentou denúncia”, afirmou.
O diretor do Depatri, André Baronto, reforçou que os crimes virtuais são levados tão a sério quanto os cometidos no mundo físico, e em alguns casos, as penas podem ser até maiores. “A internet não é um espaço livre para atacar ou humilhar pessoas. Quando o crime é praticado online, o dano é ampliado pela capacidade de difusão, e isso pesa na punição”, explicou.
A deputada Linda Brasil, que é a primeira mulher trans eleita para a Assembleia Legislativa de Sergipe, agradeceu o trabalho da polícia e destacou a importância da responsabilização. “Fico feliz com a atuação da Polícia Civil em identificar e indiciar essas pessoas. Essa é uma resposta importante à sociedade e mostra que as redes sociais não são terra sem lei. Transfobia é crime e deve ser tratada com a devida seriedade”, declarou.
Linda também lembrou que a transfobia e a homofobia são equiparadas ao crime de racismo no Brasil. “A injúria transfóbica é crime, assim como ameaçar uma parlamentar eleita. Espero que as pessoas entendam que qualquer ato discriminatório pode e deve ser punido pela legislação vigente”, completou.
O delegado Érico Xavier ainda alertou que a Polícia Civil tem recursos tecnológicos capazes de rastrear e identificar autores de crimes na internet, combatendo a ideia de que o ambiente virtual é anônimo. “Quem comete crimes digitais será identificado e punido com o rigor da lei”, reforçou.
Na mesma linha, André Baronto afirmou que além da atuação repressiva, a Polícia Civil também trabalha de forma preventiva, orientando e conscientizando a população. “Nosso papel é punir, mas também educar. Queremos deixar claro que quem decide cometer crimes virtuais será responsabilizado, e quem pensa em fazer isso deve repensar, porque o ambiente digital não é uma terra sem lei”, finalizou.
Por Redação
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