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Alta velocidade em Aracaju já rendeu quase 50 mil multas e sobrecarrega o Huse com vítimas de trânsito

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Alta velocidade em Aracaju já rendeu quase 50 mil multas e sobrecarrega o Huse com vítimas de trânsito

A pressa no trânsito segue custando caro — não apenas no bolso, mas em vidas. Em Aracaju, quase 50 mil condutores foram multados por excesso de velocidade apenas nos primeiros nove meses de 2025, número que reflete um comportamento perigoso e reincidente nas vias da capital sergipana.

Mesmo com uma leve queda de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, os dados da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) mostram que a imprudência ainda domina o asfalto. Do total de 47.872 autuações, 42.900 motoristas ultrapassaram o limite em até 20%, 4.600 entre 20% e 50%, e 326 foram flagrados dirigindo acima de 50% do permitido, configurando infração gravíssima.

O que acontece com quem ultrapassa 50% da velocidade permitida?

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (Art. 218, inciso III), dirigir acima de 50% da velocidade da via é infração gravíssima, punida com:

  • Multa triplicada: R$ 880,41;
  • 7 pontos na CNH;
  • Suspensão do direito de dirigir por até 8 meses;
  • Curso obrigatório de reciclagem para recuperar a carteira.

Essa conduta, além de ilegal, coloca em risco a vida de motoristas, passageiros, pedestres e demais usuários das vias.

Huse atende em média 16 vítimas por dia

A imprudência no trânsito também tem reflexo direto no sistema público de saúde. No Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), referência em traumas, são atendidas, em média, 16 vítimas de acidentes de trânsito por dia. A maioria apresenta lesões graves e demanda cirurgias ortopédicas — cerca de 400 por mês, segundo dados da coordenação do eixo crítico da unidade.

De janeiro a abril deste ano, 1.954 pessoas foram internadas após acidentes de trânsito, sendo 1.525 motociclistas — o que representa mais de 78% dos casos. A vulnerabilidade dos condutores de moto torna os impactos ainda mais severos, com sequelas físicas e psicológicas duradouras, especialmente entre jovens.

Juventude no alvo e pressão sobre a saúde pública

As consequências não se limitam às vítimas: há um efeito dominó que atinge famílias inteiras e sobrecarrega o sistema de saúde. O perfil predominante das vítimas — jovens em idade produtiva — acentua o prejuízo social e econômico, gerando afastamentos prolongados, invalidez e, em muitos casos, abandono do trabalho e dependência de auxílios públicos.


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