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Moradores cobram posto de saúde e moradias em protesto na Assistência Social: "Queremos uma resposta da prefeita"

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Moradores cobram posto de saúde e moradias em protesto na Assistência Social: "Queremos uma resposta da prefeita"

Durante manifestação realizada na manhã desta terça-feira, 23, em frente à Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, moradores do conjunto habitacional Conselheiro Carlos Pinna de Assis protestaram contra o que classificam como o descumprimento de promessas feitas pela gestão municipal. As reivindicações envolvem principalmente a retirada do posto de saúde prometido para o conjunto e a demora na resolução de demandas habitacionais.

A principal crítica dos manifestantes foi em relação à mudança da Unidade de Saúde da Família Renato Mazzé Lucas e da Academia da Cidade, que, segundo os moradores, estava prevista para ser construída na região, mas agora será implantada no bairro Soledade, na Avenida Carlos Marques de Oliveira — local considerado de difícil acesso para a população do conjunto.

“Estamos aqui em busca de direitos, né? Alguns desses direitos a prefeita Emília, em uma mesa, numa reunião, prometeu à gente que ia dar conta das nossas demandas. (…) A gente descobriu, para a nossa surpresa, que hoje — o conjunto habitacional Conselheiro Carlos Pinna de Assis vai ficar sem um posto de saúde, porque agora será no bairro Soledade”, afirmou uma das lideranças da manifestação.

A pauta da moradia também mobilizou mães e famílias inteiras. Muitas afirmaram que estão há meses aguardando vistorias em seus imóveis para inclusão em programas habitacionais, sem retorno por parte da prefeitura.

“Mãe de autista aqui dentro hoje, cobrando direito à moradia. Muitos já teve a visita, muitos estão esperando resposta e muitos estão esperando ainda por visita”, disse uma manifestante.

Segundo ela, a explicação dada pelos servidores da Secretaria de Habitação é a falta de estrutura para atender a todas as demandas:

“O que a habitação nos informa é que não tem carro suficiente para fazer essa visita. Enquanto isso, as mães estão pagando aluguel do seu bolso e passando fome, certo?”

A ocupação Marielle, que vinha sendo acompanhada pela Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), também foi citada como exemplo de promessa não cumprida. Moradores afirmam que foram surpreendidos com um novo cadastro limitado a apenas seis famílias, mesmo após terem recebido a garantia de que ninguém seria excluído.

“Estamos aqui também cobrando a ocupação Marielle, que Sérgio Guimarães afirmou a gente, o secretário da Emurb, que não ia ficar ninguém de fora. Tem vídeo para provar ele dizendo que não ia cortar ninguém. E agora o que a gente recebeu foi um novo cadastro e só querem cadastrar seis famílias, sendo que foi eles mesmos que mandaram tirar com o vídeo anexado que essas famílias não iriam perder.”

O grupo afirmou que permanecerá mobilizado até obter uma resposta oficial da prefeita Emília Corrêa.

“E se a gente não viesse para lutar hoje, essa demanda da gente, nada seria resolvido. A gente vai resistir aqui dentro, resistir aí fora, se for preciso um mês, dois meses, mas nós queremos que a nossa prefeita saia do gabinete dela e venha dar uma resposta ao povo que confiou o voto nela.”

A Prefeitura de Aracaju ainda não se pronunciou oficialmente sobre as reivindicações feitas durante o ato.





*Até o momento da publicação, a PMA não havia emitido nota sobre o ocorrido. 


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