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Médica vítima de tentativa de estupro em UPA de Lagarto presta depoimento ao Sindimed

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Médica vítima de tentativa de estupro em UPA de Lagarto presta depoimento ao Sindimed

Um caso de violência ocorrido durante o plantão médico na UPA Padre Almeida, no povoado Colônia 13, em Lagarto (SE), está mobilizando autoridades e entidades da categoria. A vítima, uma médica de 28 anos, foi alvo de uma tentativa de estupro dentro do consultório onde trabalhava, no dia 9 de setembro. Mais de uma semana após o crime, ela prestou depoimento ao Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), em Aracaju, na última segunda-feira (22).

O relato dado à entidade revelou que o agressor entrou na sala da médica, fechou a porta, torceu seu braço e tentou violentá-la. Gritando por socorro, ela conseguiu impedir o ataque. O suspeito fugiu do local e ainda não foi identificado. Abalada emocionalmente, a profissional está sob uso de psicotrópicos e em acompanhamento psicológico.

Falta de acolhimento e demissão após o crime

Segundo o Sindimed, a médica procurou apoio da coordenação da unidade, mas não recebeu acolhimento. No dia seguinte, foi afastada do cargo, mesmo após nove meses de atuação na unidade.

A entidade acompanha o caso com suporte jurídico e psicológico, e informou que vai formalizar denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT). O episódio também será levado ao Conselho Regional de Medicina de Sergipe (Cremese).

Polícia investiga e pede ajuda da população

A investigação é conduzida pelo Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) de Lagarto. A vítima já foi ouvida, e a polícia segue na tentativa de localizar o autor do crime. Informações sobre o suspeito podem ser repassadas de forma anônima através do Disque-Denúncia 181.

Prefeitura se posiciona

Em nota oficial, a Prefeitura de Lagarto afirmou que repudia a violência ocorrida e negou que tenha desencorajado a profissional a registrar o boletim de ocorrência. A administração municipal informou que as imagens das câmeras de segurança da UPA foram entregues à polícia e que a médica terá acesso a suporte jurídico, psicológico e administrativo. Também foi aberto procedimento interno para apuração das circunstâncias do caso.


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