Após tentativa de estupro contra médica, fiscalização revela precariedade em UPA de Lagarto
Conselho de Medicina diz que local não tem condições mínimas de segurança; prefeitura afirma que equipe e vigilância são suficientes.

O Conselho Regional de Medicina de Sergipe (Cremese) e o Sindicato dos Médicos do Estado (Sindimed) realizaram uma fiscalização na unidade de saúde da Colônia 13, em Lagarto, onde uma médica foi vítima de tentativa de estupro durante o plantão. O relatório preliminar, divulgado nesta quarta-feira (24), escancara problemas de estrutura, segurança e falta de profissionais.
Segundo o presidente do Cremese, Jilvan Pinto, a demanda de pacientes é considerada alta para o número de médicos disponíveis. Além disso, as condições físicas do prédio não oferecem segurança adequada. “O ambiente é precário e não apresenta condições para funcionar em regime de 24 horas”, destacou.
Entre as falhas identificadas, estão a ausência de respirador na sala de estabilização e a impossibilidade de realizar exames laboratoriais no local.
Em nota, a Prefeitura de Lagarto rebateu os apontamentos e afirmou que a unidade está apta a funcionar 24h, embora não seja uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas sim uma UBS (Unidade Básica de Saúde).
A gestão municipal confirmou que o prédio não conta com respirador nem oferece exames laboratoriais, justificando que esses serviços são de responsabilidade de hospitais e UPAs. Disse ainda que há vigilância patrimonial em tempo integral e que, no período diurno, dois médicos ambulatoriais atendem a população da região — número considerado suficiente pela administração.
Por Redação
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