Acusado de matar bebê em Areia Branca é denunciado pelo Ministério Público

Um mês após o crime que comoveu a população sergipana, o Ministério Público de Sergipe (MPSE) denunciou Alex de Oliveira Nunes, de 28 anos, pela morte da bebê Layla Sofia Menezes Santos, de um ano e 11 meses. A criança foi atingida por um disparo de arma de fogo enquanto estava no carro com os pais, na madrugada do dia 24 de junho, no município de Areia Branca, interior do estado.
A denúncia foi protocolada junto ao Poder Judiciário, e Alex poderá responder por homicídio triplamente qualificado, posse ilegal de arma de fogo, corrupção de menor, direção sem habilitação e condução de veículo sob efeito de álcool. Caberá à Justiça decidir se aceita ou não a acusação. Caso seja aceita, o investigado passará à condição de réu no processo.
Defesa aguarda decisão judicial
Em nota, a defesa de Alex Oliveira afirmou que a denúncia já era esperada diante dos elementos reunidos no inquérito. Os advogados informaram que só irão se manifestar após a decisão da Justiça sobre o recebimento da acusação. Ainda segundo a nota, há inconsistências no enquadramento legal que serão contestadas ao longo do processo.
Perícia confirma trajetória do disparo
Segundo a Polícia Científica de Sergipe (PCi), a morte de Layla Sofia foi causada por hemorragia intracraniana. A perícia revelou que o projétil entrou pela região fronto-parietal esquerda da cabeça da criança e saiu pela região da bochecha, caracterizando uma trajetória de cima para baixo.
Os peritos identificaram dois pontos de impacto no veículo, confirmando que o disparo seguiu uma trajetória oblíqua e descendente, da esquerda para a direita, até se alojar no banco do passageiro da frente. A equipe foi acionada ainda na madrugada do dia 24 de junho, logo após o crime.
Entenda o caso
Layla Sofia estava no carro com os pais quando foi atingida por um disparo de arma de fogo. A família voltava de uma festa quando, segundo a Polícia Militar, o suspeito tentou realizar uma ultrapassagem, não conseguiu e passou a perseguir o carro da família, efetuando os disparos logo em seguida.
Horas depois, Alex de Oliveira foi localizado e preso em uma residência, onde também foi encontrada a arma usada no crime. Durante o interrogatório, ele confessou o disparo e alegou que o conflito começou após a tentativa de ultrapassagem. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que o acusado estava alcoolizado no momento do crime. Em 25 de junho, um dia após o homicídio, a Justiça converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, e o acusado segue detido.
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