Alessandro Vieira assume relatoria do marco contra o crime organizado no Senado

O clima esquentou no Congresso, mas o martelo já foi batido: o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, colocou o senador sergipano Alessandro Vieira (MDB-SE) na linha de frente do relatório do projeto que cria o marco legal do combate ao crime organizado (PL 5.582/2025). A proposta, de autoria do Executivo, passou pela Câmara nesta terça-feira (18) e agora desembarca no Senado com expectativa alta e pressão ainda maior.

O texto cria a figura penal de “facção criminosa”, amplia penas e define um pacote de ferramentas para dar mais musculatura às investigações e ao enfrentamento de quadrilhas estruturadas. É um movimento claro do governo para mostrar que não vai aliviar no combate às organizações criminosas — e, sinceramente, era difícil imaginar alguém mais alinhado a esse espírito do que Alessandro Vieira.

Ex-delegado, relator da CPI do Crime Organizado e dono de um currículo que mistura experiência prática e atuação política direta no tema, o senador foi apontado por Davi Alcolumbre como o nome mais preparado para tocar o relatório sem ruído nem viés.

“Alessandro tem uma longa carreira jurídica, uma vida dedicada à polícia judiciária de Sergipe e agora ao Parlamento. Ele carrega na agenda pessoal a defesa dos brasileiros contra o crime organizado”, disse Davi, em tom de confiança total no colega.

A decisão não saiu sem disputa nos bastidores. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Sergio Moro (União-PR) também demonstraram interesse em assumir a relatoria, mas Davi justificou a escolha como uma forma de blindar o texto de “contaminações ideológicas” e garantir foco exclusivo na construção de um marco legal robusto.

A escolha foi bem recebida por outros líderes. Daniella Ribeiro (PP-PB) e Eduardo Braga (MDB-AM) endossaram o movimento de Davi, enquanto Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, classificou a indicação como um acerto cirúrgico:
“Alessandro certamente construirá um instrumento efetivo e concreto de combate ao crime organizado.”

Por Redação