Câmeras revelam emboscada e ajudam polícia a identificar suspeito de latrocínio

Um homem investigado por participação no latrocínio que matou um jovem de 18 anos foi preso nesta terça-feira (2) pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A ação contou com o apoio operacional do Núcleo de Drones e cumpriu um mandado de prisão preventiva. O crime ocorreu em 3 de dezembro de 2022, no Povoado Areia Branca, na Zona de Expansão de Aracaju.

As investigações apontam que a vítima pedalava por uma estrada de terra quando foi surpreendida por quatro homens armados. Depois de terem seus pertences roubados, o jovem foi baleado e, mesmo ferido, tentou se levantar e fugir, mas acabou atingido novamente e morreu no local.

O caso avançou após a análise de câmeras de segurança que registraram a ação criminosa e a movimentação de suspeitos antes do ataque. As imagens e depoimentos indicam que os autores aguardavam em fila pela passagem do jovem — possivelmente cientes de que ele estaria com dinheiro — facilitando a abordagem.

A polícia também apurou que os disparos só começaram após o roubo, sendo o primeiro tiro aparentemente efetuado para o chão, logo após a subtração dos pertences. Uma das linhas de investigação inclui um possível desentendimento decorrente de uma transação envolvendo uma motocicleta, que pode ter motivado ameaças contra a vítima.

Durante depoimento, o suspeito admitiu ter negociado uma moto com o jovem, mas negou ameaças e qualquer participação no crime. Na análise do celular dele, apreendido ainda na fase da prisão temporária, foram encontradas fotos de armas, como pistolas, além de mensagens relacionadas à venda de armamentos e munições.

O investigado também revelou que, após ter a prisão preventiva decretada, fugiu para o interior do Estado, onde morou de aluguel em Siriri e Rosário do Catete. Ele retornou ao Povoado Areia Branca há cerca de quatro meses, até ser localizado e preso.