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Encerramento do Arrasta Fé reúne fé, cultura afro-brasileira e combate à intolerância religiosa

Diversidade, respeito e fé marcaram o encerramento do evento que levou milhares de pessoas à Orla da Atalaia.

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Encerramento do Arrasta Fé reúne fé, cultura afro-brasileira e combate à intolerância religiosa

O último domingo (6) marcou o encerramento do Arrasta Fé, evento promovido pelo Governo de Sergipe, com uma noite dedicada às religiões de matriz africana. A celebração reuniu artistas locais e nacionais na Praça de Eventos da Orla da Atalaia, exaltando a diversidade religiosa, a ancestralidade e o respeito às manifestações de fé.

A abertura ficou por conta do grupo Descidão dos Quilombolas, que há 10 anos representa a cultura negra nos palcos sergipanos. “Foi um prazer imenso participar desse momento. Trouxemos o axé, o tambor, a harmonia e a força do nosso povo para esse espaço de respeito e união”, disse o vocalista Marcos Lima. Ao longo da noite, a arena também recebeu o som potente da banda feminina Afro Maria Tambô, que animou os intervalos com ritmos afro-brasileiros.

Entre os destaques da noite, a cantora baiana Mariene de Castro apresentou o show “Dona da Casa”, uma homenagem às mulheres que marcaram a história do samba de roda. “É mais do que um espetáculo: é uma afirmação contra a intolerância religiosa, um chamado ao respeito e à valorização da nossa ancestralidade”, afirmou. Encerrando a programação, a sergipana Nanny Lessa destacou a importância de ações que reconheçam e deem espaço à diversidade de fé. “Fé e respeito são as bases para um país mais justo. Que esse seja o primeiro de muitos eventos como esse”, disse.

 

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Mais que um festival, o Arrasta Fé representou um gesto concreto de reconhecimento à pluralidade religiosa. O historiador e babalorixá Fernando Aguiar destacou o simbolismo do momento: “A laicidade do Estado se faz com equidade, valorizando todas as crenças. Foi uma reparação simbólica e necessária”.

Entre o público, a emoção também foi marcante. Maria de Fátima, praticante da umbanda, levou a filha para acompanhar o show. “Não existe religião melhor ou pior. A fé é de todos”, afirmou. Já Edivânia Alves, espírita, fez questão de prestigiar a noite voltada às religiões de matriz africana. “Faz parte da cultura e as manifestações são lindas. O 'país do forró' se transformou neste final de semana no país da fé. O São João foi maravilhoso, vim para cá alguns dias e amei. Mas achei também que foi muito respeitoso por parte do governo em proporcionar às diversas religiões para poder aproveitar todo esse espaço maravilhoso e curtir também”, concluiu.

Realizado pelo Governo de Sergipe, por meio da Funcap e com apoio do Banese, o Arrasta Fé encerrou o ciclo junino com um recado claro: todas as formas de fé merecem espaço, voz e respeito.


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