Corpo carbonizado encontrado em Aracaju é de presidiário baiano em liberdade condicional; polícia investiga execução

A Polícia Científica de Sergipe confirmou nesta quarta-feira (4) a identidade do corpo encontrado carbonizado e com sinais de violência às margens de um viaduto na Avenida Marechal Rondon, Zona Oeste de Aracaju. A vítima é o presidiário baiano André Oliveira Santos, conhecido como “Baleado”, que estava em liberdade condicional.
André cumpria pena no Conjunto Penal de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (BA), por crimes como roubo qualificado e apropriação indébita. Este último, registrado em maio de 2024, envolvia a venda irregular da casa da ex-esposa.
O corpo foi encontrado no último dia 2 de setembro por populares, que acionaram a polícia ao notarem fumaça e forte odor vindo da área próxima ao viaduto. No local, os peritos constataram que o cadáver apresentava sinais de carbonização recente e estava amarrado — características que reforçam a hipótese de execução.
Devido ao estado avançado de deterioração, a identificação da vítima só foi possível após exames minuciosos realizados no Instituto Médico Legal (IML). Os papiloscopistas da Polícia Científica utilizaram uma técnica de reidratação das papilas dérmicas dos dedos, permitindo a coleta das digitais, que foram inseridas no banco nacional do Ministério da Justiça.
“A condição do corpo dificultava qualquer reconhecimento imediato. Foi necessário um processo técnico para restaurar as digitais e, assim, confirmar a identidade de André”, explicou o coordenador-geral de perícias, Victor Barros.
Investigações em andamento
A Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), abriu inquérito para apurar o crime. A principal linha de investigação aponta para um possível acerto de contas, mas outras hipóteses não estão descartadas.
Ainda segundo Victor Barros, os exames necroscópicos estão sendo realizados para tentar identificar a causa da morte. “Estamos analisando amostras pulmonares e das vias aéreas para saber se ele ainda estava vivo no momento em que o fogo foi iniciado. Também faremos exames toxicológicos para verificar a presença de substâncias”, destacou.
Familiares ainda não foram localizados para liberação do corpo. A polícia pede que qualquer informação seja repassada palo Disque-Denuncia 181.
Por Redação com Informações SSP-SE
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