Polícia conclui que arma de crime em Laranjeiras foi usada em execução ligada ao tráfico

A Polícia Civil concluiu que a arma utilizada em um homicídio ocorrido em outubro de 2024, no Povoado Pati, em Laranjeiras, foi a mesma apreendida com uma das investigadas presas na Operação Enedra. A confirmação foi possível após exames balísticos realizados pelo Instituto de Criminalística (IC), vinculado à Polícia Científica (PCi).
Segundo o delegado Alison Lial, responsável pela investigação, o confronto balístico entre o projétil retirado do corpo da vítima e a pistola Taurus PT 938, calibre .380, demonstrou correspondência exata. “A perícia indicou que os projéteis partiram da arma apreendida durante a operação. Os laudos confirmam as informações já levantadas no inquérito policial”, disse o delegado.
A perita criminal Hayla Helena explicou que a confirmação foi feita por meio da análise de microarranhamentos presentes no projétil e no cano da arma. Já a perita Fabinara Dantas destacou a importância do laudo técnico no processo investigativo. “A ciência forense fornece dados objetivos e precisos que ajudam na elucidação de crimes”, afirmou.
A investigação teve início no dia 10 de outubro de 2024, após dois crimes ocorridos em frente ao Presídio Semiaberto de Areia Branca. Logo em seguida, um terceiro homicídio foi registrado no povoado Pati. De acordo com a Polícia Civil, os crimes estão ligados a disputas por território do tráfico de drogas na região do Vale do Cotinguiba.
O alvo da execução seria um detento beneficiado com a saída temporária, conforme apurado pela equipe do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). A morte teria sido ordenada por um líder do tráfico.
Operação Enedra
Deflagrada em dezembro de 2024, a Operação Enedra reuniu diversas forças de segurança e contou com apoio das Delegacias Regionais de Lagarto, Estância e Propriá; da Polícia Rodoviária Federal; de unidades das polícias civis de Alagoas e Pernambuco; além de apoio operacional do Desipe e do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope).
O nome da operação faz referência ao termo grego “Enedra”, que significa “emboscada”, uma alusão à forma como os crimes investigados foram cometidos.
Com informações da Polícia Civil
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