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Setembro Verde reforça a importância da doação de órgãos e destaca avanços em Sergipe

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Setembro Verde reforça a importância da doação de órgãos e destaca avanços em Sergipe

Com o início do mês de setembro, ganha força a campanha Setembro Verde, voltada à conscientização sobre a doação de órgãos. Em Sergipe, o tema ganha destaque não apenas pela mobilização social, mas também pelos avanços conquistados nos últimos meses.

Segundo a Central Estadual de Transplantes (CET), somente em 2024 o estado registrou 57 doadores. Já em 2025, os números indicam um avanço significativo: foram realizadas quatro captações de coração e 37 de múltiplos órgãos, marca considerada histórica para o estado. Cada doador pode beneficiar até oito pessoas, o que evidencia o impacto da decisão em vidas que aguardam por um transplante.

Apesar dos bons resultados, o país ainda enfrenta um desafio importante: a resistência familiar. Embora o Brasil possua o maior programa público de transplantes do mundo, com 90% dos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), apenas quatro em cada 14 potenciais doadores têm sua vontade respeitada. A principal barreira está na negativa dos familiares.

Para o coordenador da CET em Sergipe, Benito Oliveira Fernandez, esse cenário reforça a necessidade de conversas dentro das famílias. "A lei brasileira estabelece que cabe à família autorizar a doação. Por isso, é fundamental que cada pessoa manifeste em vida esse desejo aos seus parentes. O transplante transforma um momento de dor em um ato de amor e solidariedade", afirma.

Benito também adiantou que Sergipe está prestes a dar mais um passo importante na área: “Estamos em tratativas finais para a retomada dos transplantes renais e para a realização do primeiro transplante de fígado no estado. Isso vai ampliar ainda mais o alcance desse trabalho.”

A Organização de Procura de Órgãos (OPO), responsável por identificar possíveis doadores e intermediar o processo com as famílias, também tem atuado de forma intensa na conscientização da população. De acordo com Darcyana Costa, coordenadora da OPO em Sergipe, ações como o Setembro Verde têm contribuído para reduzir as recusas familiares: “Estamos diminuindo a negativa, ainda não é o ideal, mas já melhoramos. Podemos ver isso pelos dados. Só em 2025, já foram quatro doações de coração. Isso representa mais esperança para quem está na fila de espera”, destacou.

A expectativa das equipes envolvidas é que a divulgação de informações confiáveis, o esclarecimento de mitos e o diálogo entre familiares continuem promovendo avanços. A decisão de doar não apenas salva vidas, mas também transforma histórias e fortalece o compromisso coletivo com a saúde pública.


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