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"Não fui consultado, ninguém foi": Adailton alfineta Emília Corrêa e expõe ruído no grupo bolsonarista em Sergipe

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"Não fui consultado, ninguém foi": Adailton alfineta Emília Corrêa e expõe ruído no grupo bolsonarista em Sergipe

O clima dentro do grupo que tenta se consolidar como representante da direita em Sergipe está longe da harmonia. Em entrevista a uma rádio nesta segunda-feira (14), o ex-prefeito de Itabaiana e pré-candidato ao Senado, Adailton Souza (PL), expôs publicamente o desconforto com a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, e com o que ele chama de “decisão monocrática” sobre os rumos políticos da base.

A crítica veio embalada numa lista — e em um recado claro: ninguém foi ouvido. “Valmir de Francisquinho, que é a maior expressão política de Sergipe hoje, não foi consultado. Eu também não. O prefeito Talysson? Também não. Ícaro, o federal? Não. A prefeita Jeane, de Aparecida? Pelo que sei, também ficou de fora”, disparou.

A entrevista, embora recheada de diplomacia em alguns trechos, teve um tom evidente de desautorização política à movimentação de Emília. “Essas candidaturas impostas têm tudo para dar errado lá na frente. Vamos esperar. Quem vai decidir é a população. Se ela (Emília) acertar, ótimo. Se não, seguimos com a nossa candidatura. Com ou sem apoio”, avisou.

Silêncio não é fraqueza, é cálculo
Sobre o silêncio de Valmir de Francisquinho — atual prefeito de Itabaiana e nome sempre citado como possível candidato ao governo — Adailton tratou logo de desarmar as especulações de afastamento.

“Isso é maturidade. Ele saiu dos holofotes, mas não saiu do jogo. Está analisando, conversando, ouvindo o povo. Está reconstruindo o caminho para uma possível pré-candidatura ao governo. E se achar que Adailton pode ser o nome para o Senado, ele lança. Não tenho dúvida.”

Nos bastidores, o silêncio de Valmir tem gerado interpretações variadas — umas discretas, outras mais ansiosas. Mas para quem conhece o estilo do itabaianense, sabe: quando ele não fala, está se movimentando.

“Não sou páreo?” — A força da base e o desafio aos grandes nomes
Adailton também reagiu aos comentários que tentam colocá-lo fora do jogo antes mesmo do apito inicial. Mencionou, um a um, os nomes que devem figurar na corrida ao Senado: Edivaldo Nogueira, André Moura, Alessandro Vieira, Rodrigo Valadares, Eduardo Amorim e Rogério Carvalho.

Todos nomes conhecidos, com densidade política e histórico. Ainda assim, ele provocou:
“Você não pode subestimar a vontade popular. Se a população achar que eu posso disputar com todas essas feras da política sergipana, pode ter certeza que eu irei.”

Promessas esquecidas e cobranças diretas
A entrevista ainda abriu espaço para cobranças diretas a temas que, segundo Adailton, são promessas recorrentes em palanques — e esquecidas logo após o último voto ser contado.

Ele citou a BR-235, que “vira bandeira eleitoral a cada dois anos, mas segue no mesmo lugar”, e criticou a concentração dos atendimentos de urgência no Hospital de Urgência de Sergipe - HUSE, cobrando investimentos nos hospitais do interior.

A crítica mais ácida veio ao falar do turismo sergipano:
“Os turistas passam pela Bahia e vão direto pra Alagoas. Sergipe virou corredor de passagem. Não tem estrutura, não tem projeto. Ficam falando de potencial, mas não tiram nada do papel.

”Encerrando, Adailton reforçou sua disposição em continuar na disputa e deixou uma pergunta com tom de resposta: “Tenho experiência, conheço o estado, sei o que precisa ser feito e tenho coragem. Então me diga: por que eu não posso ser senador?”


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Comentários
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carlos alberto santana emidio emidio
Grupo bolsonarista por conveniência, o sujeito que se alia ao PT nunca sera bolsonarista!!
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