Troca de farpas entre Luciano e Valmir esquenta política em Itabaiana

A disputa política em Itabaiana voltou a ganhar destaque após fortes declarações do deputado estadual Luciano Bispo (PSD) contra o prefeito Valmir de Francisquinho (PL). Em entrevista a uma rádio local, Luciano afirmou que “Itabaiana tem o pior prefeito da sua história” e criticou duramente a atual gestão. “Ele não tem uma obra que ele começou e terminou. Temos a pior saúde, a pior educação e os piores salários do estado.”

Luciano também acusou o prefeito de promover perseguição política e resgatar práticas que, segundo ele, estavam superadas. “Itabaiana voltou a algo de pior na política, que é o ódio, a perseguição. ‘Você vota em quem?’ Eu não fazia isso e convivia com todos.”

Ao ser questionado sobre a imagem de bom gestor atribuída a Valmir, o deputado contestou. “Ele diz que o Chiara Lubich é um empreendimento dele, mas é da Ethos.” E foi direto ao mencionar o cenário eleitoral: “Ele pegou os votos dos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, que brigava, lutava por ele, e depois traiu o PL. E agora ele está com quem? Com Rogério Carvalho! Ou eu estou mentindo?”

Na sequência, Valmir reagiu. “Luciano está ‘retado’ porque o deputado federal Ícaro conseguiu liberar recursos para ampliar o espaço da Universidade Federal de Sergipe”, afirmou o prefeito, destacando a doação do terreno feita pela prefeitura e os R$ 5 milhões articulados por Ícaro e o senador Rogério Carvalho.

Em tom duro, Valmir relembrou a gestão do adversário. “Todo mundo sabe como Itabaiana era. O ex-prefeito não pagava salário de ninguém, perseguia todo mundo. Se matava dentro da cidade. Os pistoleiros eram capitaneados e todo mundo sabia quem era. Chegavam a matar dentro da prefeitura.”

E concluiu: “Um cara com uma idade daquela, mentiroso, manhoso. É digno de pena. Luciano nunca pagou salário em dia. Em minha gestão isso não acontece.”

Mesmo sem eleição à vista, o clima de confronto entre Luciano e Valmir mostra que a temperatura política em Itabaiana segue alta. Com acusações diretas, críticas ao passado e disputas por protagonismo, os bastidores já indicam que a próxima campanha promete ser barulhenta — e sem trégua.